Faltando pouco mais de 70 dias pro início da primeira Copa do mundo na Africa, todos os interessados por futebol e até aqueles nem tão interessados assim, em algum momento se pegam comentando escalações, esquemas, quais serão os possíveis destaques do mundial.
No meio jornalístico então, a coisa fica BEM mais (in)tensa. As competições nacionais e internacionais desse semestre servem somente como aperitivo,afinal, “estamos em ano de copa”. Como um “fã do esporte”, não consigo observar a atual postura da imprensa esportiva sem critica-lá.
A coisa está tão feia que ultrapassa o debate Globo x ESPN (tema para outro post). Respeitando suas óbvias diferenças, os dois meios adotam postura semelhante nesse ano.
A infinita e chata forçação de barra para a convacação do Ronaldino Gaúcho e as desmerecidas criticas sobre o técnico Dunga, no meu ponto de vista passam por um ponto bem maior do que a simples preferência pelo talento/postura de um ou outro.
Creio que por terem assistido diversos mundiais, nossos comentaristas esportivos vivem uma utopia de que o Brasil sempre entrará na copa com os melhores jogadores ou aqueles que estiverem em melhor momento e com poucos acertos tácticos ,pois técnica temos de sobra, facilmente encaixariamos uma sequencia de 7 belíssimos jogos e colocariamos as mãos no caneco. No maior estilo Garrincha após a conquista de 58 diriamos: “Campeonatozinho mixuruco, nem tem segundo turno!”.
Em 21 anos de vida, não me orgulho em dizer isso mas, NUNCA vi uma conquista da seleção ser fácil. Por mais duro que seja pra algumas pessoas (especialistas ou não) acreditar, existe grande equilibrio na disputa de uma Copa do mundo. Em 18 edições, ganhamos 5 vezes, mas é bom lembrar que não estamos tão distantes da Itália(4) e até mesmo da Alemanha(3) e Argentina(2).
Por isso acredito que em termos de preparação para essa competição sequência de trabalho > momento do jogador. A questão vai além do “esse tem que ir porque é craque” alardeada pela mídia. Em nossa história de títulos temos exemplos vitoriosos de seleções com maioria de perebas e um comando frouxo (94) e de maioria de craques e um comando sólido (02). Também temos exemplos de seleções que jogaram e encantaram o mundo, mas infelizmente NÃO GANHARAM NADA (82 e 98).
O esporte mudou muito em termos fisícos e táticos, possibilitando momentos de beleza em um futebol considerado “pragmático”.
Enfim, é triste ler/ouvir coisas como “se não levar o Gaúcho não vai ganhar” vindo da melhor equipe de jornalistas esportivos do país (alô, ESPN). Creio que a postura da imprensa deve ser levantar questinamentos com fudamentos que ultrapassem julgamentos pessoais ou interesses comerciais. O próprio técnico da seleção já afirmou que não haverá espaço para surpresas, o que torna toda essa campanha pela convocação de um suposto gênio da bola, que salvaria a pátria em um caso especifíco (a lesão do nosso camisa 10) uma grande chatice.
Na moral, se tem um cara que merece ser convocado pra seleção, pelo momento o nome dele é LIONEL MESSI.
Vestido com as roupas e as armas de,
MrJorge
a.k.a Umbabarauma, ponta de lança africano.
março 25, 2010
Categorias: Depois eu divido em categoria, Procrastinagem Spórs . . Autor: mrjorge . Comments: 4 Comentários